terça-feira, outubro 24, 2006

Cancro do Ovário

Cancro do ovário
O cancro do ovário (carcinoma do ovário) desenvolve-se sobretudo nas mulheres com 50 e 70 anos. Globalmente, cerca de 1 em cada 7 mulheres contrai esta doença. É o terceiro cancro mais frequente do aparelho reprodutor feminino.
Morrem mais mulheres de cancro do ovário do que de qualquer outro que afecte o aparelho reprodutor.
As células ováricas cancerosas podem disseminar-se directamente até à área que as rodeia e, pelo sistema linfático, até outras partes da pélvis e do abdómen. As células cancerosas também podem propagar-se pela circulação sanguínea e, finalmente, aparecer em pontos distantes do corpo, sobretudo o fígado e os pulmões.
Sintomas e diagnóstico
Um cancro do ovário pode atingir um tamanho considerável antes de provocar sintomas. O primeiro sintoma pode ser um ligeiro mal-estar na parte inferior do abdómen, semelhante a uma indigestão. A hemorragia uterina não é frequente. O facto de uma doente pós-menopáusica ter ovários maiores pode ser um sinal precoce de cancro, apesar de o seu crescimento também se poder dever a quistos, a massas não cancerosas e a outras afecções. De qualquer forma, pode aparecer líquido no abdómen e este pode inchar devido a isso ou ao aumento de tamanho do ovário. Nesta fase, a mulher pode ter dor na pélvis, anemia e perda de peso. Em determinado caso excepcional, o cancro do ovário segrega hormonas que provocam um crescimento excessivo do revestimento interno uterino, um aumento no tamanho das mamas ou um maior desenvolvimento de pêlos.
O diagnóstico do cancro do ovário nos seus primeiros estádios é difícil de fazer, porque os sintomas normalmente não aparecem até que o cancro se tenha disseminado e porque muitas outras doenças menos graves têm sintomas semelhantes.
Se se suspeitar da existência deste cancro, é necessário fazer uma ecografia ou uma tomografia axial computadorizada (TAC) para ter mais informação acerca do aumento do ovário.
Tratamento

O tratamento do cancro do ovário é cirúrgico. O alcance da cirurgia depende do tipo específico do cancro e do seu estádio. Se não se tiver espalhado para além do ovário, é possível extrair só o ovário afectado e a trompa de Falópio do mesmo lado. Se o cancro se tiver propagado para além do ovário, devem ser extraídos os dois ovários e o útero, bem como os gânglios linfáticos próximos e todas aquelas estruturas circundantes pelas quais o cancro costuma expandir-se.
Depois da cirurgia, pode ser administrada radioterapia e quimioterapia para destruir qualquer pequena zona cancerosa residual. O cancro do ovário que já se disseminou (deu lugar a metástases) é difícil de curar. Cinco anos depois do diagnóstico, o índice de sobrevivência das mulheres com os tipos mais frequentes de cancro do ovário é de 15 % a 85 %. Esta margem tão ampla reflecte diferenças na agressividade de certos cancros e nas diversas respostas imunológicas face ao cancro entre as mulheres.