sexta-feira, junho 01, 2007

Princípios estratigráficos
Principio da sobreposição:

Segundo este princípio, os sedimentos mais antigos tem que ficar por baixo dos mais recentes. Assim, numa série normal, qualquer camada é mais moderna do que a que lhe serve de base e mais antiga do que a que lhe fica por cima. Este princípio não se aplica a camadas que estejam deformadas ou invertidas, pois essa deformação deu-se posteriormente à sua formação.Existem algumas excepções a este princípio. As rochas sedimentares podem sofrer processos de erosão, dobramento e intrusão, que não vão respeitar este princípio.

Principio do actualismo e das causas actuais:

As causas que provocaram determinados fenómenos são idênticas às que provocaram os mesmos fenómenos no presente."O presente é a chave do passado"

Principio da intersecção e principio da inclusão:

Sempre que uma estrutura é intersectada por outra a que intersecta é mais recente.O estrato que apresenta a inclusão é mais recente que os fragmentos do estrato incluído.

Principio da horizontalidade:

Os sedimentos depositam-se em camadas horizontais, pelo que, qualquer fenómeno que altere essa horizontalidade é sempre posterior à sedimentação.

Principio da continuidade:

Em diferentes pontos da Terra pode haver a mesma sequência estratigráfica, mesmo faltando um elemento tem a mesma idade, ou seja, é a correlação entre estratos distanciados lateralmente.

Principio da idade paleontológica:

A atribuição de uma idade relativa a um estrato (ou a um conjunto de estratos) e a comparação de ambientes de sedimentação só se tornou possível a partir do século XIX, quando William Smith enunciou o princípio da identidade paleontológica, onde mencionava “se os estratos possuírem os mesmos fósseis, então formaram-se mais ou menos ao mesmo tempo e em áreas com ambientes semelhantes”.É com base neste princípio que se procura estudar aprofundada mente a história da Terra.

Metamorfismo:

Metamorfismo é o conjunto de processos geológicos que leva à formação das rochas metamórficas. Esses processos envolvem transformações físicas e químicas sofridas pelas rochas, quando submetidas ao calor e à pressão do interior da Terra. Estas alterações ocorrem no estado sólido, pois a pressão é superior à temperatura.

Classificação dos aquiferos segundo a pressão da água

Aquíferos Livres ou Freáticos:

A pressão da água na superfície da zona saturada está em equilíbrio com a pressão atmosférica, com a qual se comunica livremente. A figura esquematiza um aquífero deste tipo. São os aquíferos mais comuns e mais explorados pela população. São também os que apresentam maiores problemas de contaminação.
Aquíferos Artesianos ou cativos


Nestes aquíferos a camada saturada está confinada entre duas camadas impermeáveis ou semipermeáveis, de forma que a pressão da água no topo da zona saturada é maior do que a pressão atmosférica naquele ponto, o que faz com que a água suba no poço para além da zona aqüífera. Se a pressão for suficientemente forte a água poderá jorrar espontaneamente pela boca do poço. Neste caso diz-se que temos um poço jorrante.Há muitas possibilidades geológicas em que a situação de confinamento pode ocorrer. A figura abaixo mostra o modelo mais clássico, mais comum e mais importante.

Tipos de metamorfismo:

Quando uma rocha é metamorfizada as alterações que essa mesma rocha sofre podem ser ao nível de deformações mecânicas como também ao nível da recristalização dos minerais.
A trituração, o esmagamento e o aparecimento ou modificação ao nível textural são fenómenos que ocorrem, e que se integram nas deformações mecânicas.
Quanto à recristalização dos minerais, o que poderá eventualmente acontecer são mudanças na composição mineralógica resultantes na formação de novos minerais e perda de água, como também do dióxido de carbono e outras substâncias durante o aquecimento.

O calor e a pressão são os factores mais importantes que entram na fase do metamorfismo. Normalmente, ambos os factores actuam em conjunto, porém não é estritamente necessário que isso ocorra. O metamorfismo tanto pode ocorrer a altas pressões e a baixas temperaturas como também a baixas pressões e a altas temperaturas.

Os dois tipos de metamorfismo mais importantes são:
  • metamorfismo regional;
  • metamorfismo de contacto.

Caulino e Caulinite, Porquê?



O caulino é uma rocha sedimentar constituída por caulinite. Esta designação deriva de uma localidade chinesa, Kaoling, que significa "montanha alta", famosa pela presença de caulinos purissimos. Desde os tempos mais remotos, é utilizada pelos chineses na indústria de porcelana, arte em que são verdadeiros mestres.
Em França, o caulino é também utilizado nas famosas cerâmicas de Limoges e, em Portugal, nas porcelanas Vista alegre.

SAL



O sal que actualmente utilizamos nos processos culinários teve, no passado, uma importância vital na economia de muitos países. Este composto químico permitia uma forma facil e barata de preservar os alimentos, bem como de ralçar o seu sabor. por conseguinte, o sal tornou-se no passado uma excelente moeda de troca. As rotas do sal atravessavam o Globo há muitos séculos atrás. Sendo também um excelente anti-séptico, os romanos denominavam como salus o Deus da saúde. também nesta antiga civilização, o pagamento feito aos soldados do Ímperio Romano consistia numa quantidade de sal, denominada Salarium, palavra de que deriva o termo actual "salário".

Combustiveis fosseis

Combustiveis fosseis


















Combustível fóssil ou mais corretamente combustível mineral é uma substância mineral composta de hidrocarbonetos usada como combustível. São combustíveis minerais, o carvão mineral, o petróleo e o gás natural.
Os combustíveis fósseis são formados pela decomposição de
matéria orgânica através de um processo que leva milhares e milhares de anos e, por este motivo, não são renováveis ao longo da escala de tempo humana, ainda que ao longo de uma escala de tempo geológica esses combustíveis continuem a ser formados pela natureza. O carvão mineral, os derivados do petróleo (tais como a gasolina, óleo diesel, óleo combustível, o GLP - ou gás de cozinha -, entre outros) e ainda, o gás natural, são os combustíveis fósseis mais utilizados e mais conhecidos.








Petróleo












Vantagens:
  • reservas para mais de 100anos;
  • Elevado poder energético
  • facilmente transportado entre países;
  • não implica a utilização de vastas áreas do solo.


Desvantagens:


  • poluição das águas (acidentes);
  • Poluição da atmosfera;
  • a manutenção em certos países, de preços baixos permite o aumento de resíduos e não encoraja a procura de energias alternativas.


Carvão















vantagens:

  • vastas reservas;
  • elevado poder calorífico.







Desvantagens:

  • graves alterações ao nível dos solos, atmosfera, e dos recursos hídricos;
  • elevado uso dos solos;
  • possibilidade de graves consequências a nivel da saúde humana;
  • elevadas emisões de gases com efeito de estufa







Combustiveis fosseis

A Energia em Portugal


A energia proporciona-nos serviços que estão presentes no dia a dia de todos nós, seja nas actividades sociais e de lazer em que nos envolvemos seja nas actividade económicas em que se baseia a nossa sociedade. Deste modo, a energia é um dos importantes instrumentos de que nos podemos socorrer para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e assegurar a competitividade das economias. Utilizando-se a energia de recursos finitos, é indispensável assumir uma gestão cuidadosa desses recursos e garantir uma maior eficiência na forma como a comsumimos, procurando salvaguardar um desenvolvimento sustentado e uma adequada protecção do ambiente.

Energias Alternativas - Defesa do Ambiente em Portugal

O que são energias renováveis?
Energias renováveis são todas aquelas que servem como alternativa à combustão de resíduos fósseis e que constituem uma fonte de energia inesgotável.

Em Portugal, estas energias não são ainda bem aproveitadas e embora o nosso país tenha um enorme potencial em termos de energias renováveis, continua a importar combustíveis fósseis em grandes quantidades (71% de petróleo e 19% de carvão). Portugal torna-se assim muito dependente da importação externa de energia. As importações de combustíveis fósseis – petróleo e carvão – representam um encargo anual de cerca de 400 – 500 milhões de contos, para além de trazer muitos problemas ambientais. É por isso importante tirar partido da vantagem que Portugal tem em energias, como a hidráulica, eólica, solar, biomassa e geotérmica.

Consumos Energéticos – ENERGIAS ALTERNATIVAS Valor
Mini hídricas 6%
Eólica 3%
Solar 48%
Biogás, Biomassa e Resíduos Florestais 28%
Restantes (Biodiesel e Etanol, Incineração, Geotérmica e ondas) 15%

aula de campo

ocupação antrópica e risco geológico



Apúlia

Antigamente, na praia da Apúlia não existia nenhum rochedo, hoje me dia, como se pode observar nas fotografias, existem muitas rochas.



Estas foram aparecendo devido à erosão, que foi provocada pela subida do nível das águas, o que trouxe grande atracção turística para a praia.
Aos longos dos tempos a areia foi descendo, como podemos ver, pois as escadas vinham ter mesmo a onde se encontrava a areia, e como podemos ver a altura da praia já desceu, tendo agora mais ou menos a altura de uma pessoa.



Nesta praia estão a fazer uma construção, o que não deveria ser feito, pois para além de não favorecer a praia, também vem ajudar a acentuar a erosão desta.
Com a subida do nível das águas do mar, a água vai chegando cada vez mais perto das construções acabando-as por destruir.




Este problema pode ser combatido se:

->Construírem quebra- mares submarinos, para reduzir a energia do mar, acabando por diminuir a erosão;
->Meterem mais areia na praia (injecção de areia).

aula de campo

ocupação antrópica e risco geológico


Ofir



Em Ofir podemos observar a existência de esporões, onde podemos verificar que de um lado ocorre a sedimentação e do outro lado a erosão.





Ocorreu um agravamento de erosão devido á construção de outro esporão.
Sendo o esporão feito para proteger as habitações construídas perto do mar (o hotel e as torres), são consideradas erros de engenharia, pois, cada vez o mar está mais perto e está prestes a “engolir” toda a zona costeira, sendo por isso uma ocupação antrópica que nunca deveria ter sido construída.




aula de campo

ocupação antrópica e risco geológico


Ribeira das Pombas


Esta barragem tinha como intenção não deixar passar para o rio, os materiais vindos das minas arrastados pelas chuvas.
Mas a acumulação de sedimentos foi enorme, deixando a barragem sem capacidade para armazenar mais quantidades de sedimentos, ficando assim sem função.
Como podemos verificar o leito está muito em cima.
Se a barragem não estivesse açoriada a altura da água seria equivalente, mas não é, pois encheu-se completamente de sedimentos.

aula de campo






ocupação antrópica e risco geológico


Serra d’Arga (Minas de Valdaras)




Escombreiras das minas de Vale D’Argas

As minas de vale D’Argas são minas onde se explorou o bulframio, o sulfureto e acitrites. A lavra (exploração) parou acerca de 30anos.

Como funciona a escobreira?



Retira-se a rocha. Da rocha separa-se o que interessa do que não interessa (ganga), ganga esta que é posteriormente depositada na escombreira.

As ruínas que observamos

Chama-se lavandaria (imagem).
A lavandaria é onde separam a ganga do minério.

Como o sulfato é muito explorado, a escombreira tem muito enxofre (por isso a sua aparência amarelada) que reage com o oxigénio formando oxido de enxofre que por sua vez reage com a água formando ácido sulfúrico que pode apresentar pH na casa dos 2.0, ou seja, é acido sulfúrico quase puro, mas devido as chuvas ocorridas nos últimos tempos este já não se encontra tão saturado.
Este ácido sulfúrico polui os rios e os campos, é por isso que os rios cujo ácido vai afluir são “mortos” (não têm peixes, e têm vegetação reduzida).
A vegetação na escombreira é inexistente durante a lavra, mas como esta já não funciona e como já foram plantadas recentemente alguns pinheiros já é possível a observação de pouca vegetação.

Redes metálicas




O homem utiliza estas redes, principalmente quando ocorrem dias de grande precipitação, e como as águas das chuvas transporta enxofre da para o Rio Coura acabando-o por poluir. Assim, ao utilizarem estas redes não deixando os sedimentos de enxofre e passar apenas a água.

aula de campo

ocupação antrópica e risco geológico



Frades



A 7 de Dezembro de 2000, em Frades ocorreu um movimento de terras cujas consequências foram graves para a população de Frades, pois ocorreram quatro mortes e doze casas ficaram completamente destruídas.
Este movimento de terras verificou-se após um longo período de elevadas precipitações que saturaram em água as formações superficiais.
Outro factor que esteve na origem deste movimento de terras relaciona-se com as rochas existentes no local do desprendimento.
O forte declive da vertente veio confirmar que aquele local tinha um elevado risco geológico.
Os vários incêndios que ocorreram nesta região nos últimos anos e que destruíram a totalidade da vegetação arbórea, contribuíram também para este movimento de terras.

Seis anos depois ainda são visíveis as marcas do movimento de terras e ainda existem casa por recuperar.


aula de campo

ocupação antrópica e risco geológico

Esta aula de campo teve por objectivo fazer com que os alunos fossem capazes de analisar situações e problemas relacionados com aspectos de ordenamento do território e de risco geológico, capazes de identificar elementos constitutivos da situação e do problema, capazes de reconhecer as contribuições da geologia nas áreas da prevenção de riscos geológicos, ordenamento do território, gestão de recursos ambientais e de educação ambiental e que fossem capazes de assumir opiniões suportadas por uma consciência ambiental com bases cientificas e assumir atitudes de defesa do património geológico.

Roteiro:

-Fafe - partida 7:15min
-Arcos de Valdevez - chegada 8:30min
-Frades - chegada 10:05min
-Serra d’Arga (minas de Valdarcas) - chegada 14:40min
-Ribeira das pombas
-Ofir - chegada 17:20min
-Apúlia - chegada 17:55min


Arcos de Valdevez






Em Arcos de Valdevez observamos o rio Vez!

No rio Vez o leito de estiagem localiza-se no lado direito.

Visualizamos o leito do rio!

O leito do rio é o espaço que pode ser ocupado pelas águas, sendo possível distinguir o leito aparente, do leito maior e do leito menor.



Conseguimos visualizar o leito de inundação.
O Leito de inundação é o espaço do vale que é inundável em épocas de cheias. Uma inundação ocorre quando o nível das águas ultrapassa os limites do leito aparente, submergindo a área circundante (planície de inundação).
Devidas as cheias, as margens do rio Vez encontram-se degradadas.


Conseguimos também visualizar o leito de estiagem. Leito de estiagem corresponde á zona ocupada por uma quantidade menor de água, como acontece, por exemplo no verão.