Genoma da abelha sequenciado
Uma equipa internacional, com mais de 200 cientistas de 59 instituições, conseguiu decifrar o código genético da abelha comum (Apis mellifera).
A pesquisa permitiu perceber que as abelhas são originárias de África, e que têm genes específicos responsáveis pela sua complexa sociabilidade e por aquilo em que são especialistas: o olfacto.
Os cientistas esperam que a investigação permita conhecer melhor os mecanismos biológicos que originam comportamentos complexos na espécie, como a dança que as abelhas usam para avisar que encontraram pólen (um voo repetido, sempre aos oitos); o seu apurado sentido de orientação ou a complexa organização social das colmeias.
A abelha tem mais genes ligados ao cheiro e relacionados com a utilização do néctar e do pólen do que outros insectos.Alguns destes genes, nomeadamente os implicados nos ritmos biológicos, assemelham-se mais ao dos vertebrados do que ao dos insectos até agora analisados.
Esta é uma das poucas espécies que evoluiu para formar sociedades avançadas, com colónias organizadas em torno de um único indíviduo fértil, a "rainha" ou abelha-mestra.As principais são as obreiras, mais pequenas, estéreis e responsáveis pelo trabalho duro na colmeia, como a recolha de alimentos, o acompanhamento dos jovens, a construção de ninhos ou a defesa da colónia.A abelha-mestra, maior e muito fértil, tem como missão liderar a comunidade. A estes grupos acrescem ainda os zangões ou machos que, incapazes de recolher pólen das flores, servem apenas como reprodutores. Fora do período de acasalamento, contribuem para aquecer ou refrescar a colmeia.As duas castas de fêmeas desenvolvem-se a partir do mesmo genoma.
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